Chega a doer olhar-te de tão perto
primeiro só tocar o infinito
da distância -- depois em toda a parte
estar por dentro dela em ti -- aí
onde a dor de te olhar se fará dia
ou o tempo agora ama e deita carne
de regresso ao imenso sol vazio
que em tudo o que acontece permanece
mortal nascente branca -- e água e pura
transparência da ausência mais extrema
por onde morre e nasce enquanto pulsa
em cada veia todo o universo
Chega a doer olhar-te de tão perto
ousar a eternidade a tempo aberto
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